Concreto projetado por via úmida
Consiste no transporte mediante bombeamento do concreto usinado (fornecido por caminhão betoneira) com slump e todos os aditivos necessários, de acordo com as exigências do projeto, incorporando-se somente ar na ponta do mangote para dar o efeito spray.
Desse modo, o operador do mangote concentra-se exclusivamente na aplicação do concreto, sem interferir na propriedade do mesmo.
No método de concreto projetado por via seca, os áridos secos são transportados pneumaticamente adicionando-se água na ponta do mangote transferindo para o mangoteiro a responsabilidade da aplicação e controle da relação água/cimento por meio de dosagem, interferindo na qualidade final do produto.
Este sistema oferece benefícios tanto em relação ao desempenho técnico do concreto, quanto à velocidade de aplicação e desenvolvimento de superfícies.
A projeção de concreto por via úmida é a opção com maior rendimento, menor reflexão (máxima 5% na vertical e 15% para cima), maior rapidez e, principalmente, menor custo. Economiza etapas de escavação, mão-de-obra, elimina fôrmas, escoras e canteiros para armazenamento de cimento areia e brita na obra.
Um dos grandes diferenciais deste método é que sua aplicação permite, no instante da execução, o completo adensamento do concreto. Dessa forma, o concreto projetado torna-se um elemento estrutural com maior homogeneidade, resistência e menor permeabilidade.
Seus componentes são similares aos do concreto convencional, diferenciando-se apenas em tamanho e proporção. Pode ser aplicado em qualquer superfície e inclinação, desde que preparada previamente para recebê-lo.
A aplicação é possível inclusive em fôrmas negativas, isto é, de baixo para cima como, por exemplo, no caso de túneis e recuperação de fundo de pontes.
O acabamento pode ser executado imediatamente após sua aplicação e realizado de diversas formas e colorações, desde rústicos, sarrafeado, desempenado, filtrado (com bloco de espuma) até texturizado.
O método de projeção por via úmida garante uma correta dosagem do concreto (na própria usina), mantendo as características e resistência prevista no projeto estrutural.
A relação água/cimento é sempre mantida, sendo qualquer ajuste de consistência realizado através de aditivos hiperplastificantes. Ao contrário dos processos de projeção por via seca e semi-úmida, não ocorrem alterações das características mecânicas e da durabilidade do concreto.
A projeção de concreto por via úmida é a opção com maior rendimento, menor reflexão (máxima 5% na vertical e 15% para cima), maior rapidez e, principalmente, menor custo. Economiza etapas de escavação, mão-de-obra, elimina fôrmas, escoras e canteiros para armazenamento de cimento, areia e brita na obra.
Os primeiros passos para o desenvolvimento da projeção foram tomados há quase um século. Desde então, inúmeras estruturas foram construídas, restauradas reforçando a utilização deste método único de projetar concreto.
A invenção da “pulverização de concreto e argamassa para uma superfície em alta velocidade”, em 1907, é creditado ao bem conhecido naturalista Dr. Carl E. Akely. A máquina (e processo) foi introduzido no “Cement Show”, no Madison Square Garden, Nova Iorque, em 1910. Patentes sobre o equipamento e o método foram concedidas em 1911 e o processo tornou-se imediatamente popular na indústria.
Logo após a questão das patentes e registro do termo “Gunite” (mistura de concreto que é pulverizado de uma arma especial sobre os reforços de aço na construção leve. – fonte: http://www.thefreedictionary.com), a criação da “Cement Gun Company” (agora chamado de “Allentown Equipment”), permitiu o uso generalizado da tecnologia. Empresas relacionadas a essa tecnologia foram formadas em diversas partes do mundo e “Gunite” cresceu rapidamente a partir de 1912 até os anos 30. Durante este tempo misturas de agregados minerais foram aplicadas a “Cement Gun” que a “American Railway Engineers” introduziram o termo “concreto projetado” para descrever o processo.
Após a II Guerra Mundial, o uso de “Gunite” continuou a crescer rapidamente com o desenvolvimento desta nova tecnologia. Nos anos 50, “Gunite Contractors Association”, introduziu a criação do canhão rotativo por processo de projetado por via seca, e também a primeira utilização do processo por via úmida proporcionando novas oportunidades. Um passo importante neste período foi a formação do “ACI Committee 506”, e publicação de documentos valiosos, como a “SP-14 Shotcreting” para ajudar a indústria a compreender os requisitos e qualidade do concreto projetado na construção civil.
urante os anos 70, os avanços técnicos em materiais e equipamentos trouxeram melhorias significativas para o uso do concreto projetado para construções. Sílica ativa foi introduzida para dar novas propriedades ao concreto melhorando seu uso para apoio em terra. A “Engineering Foundation” organizou a primeira conferência de “O Uso de Concreto Projetado para Apoio Subterrâneo”. Esse foi o passo mais importante neste período para o desenvolvimento de bombas de concreto mais eficientes que podem ser usados para a aplicação de projeção úmida.
Nos anos 1980, misturas foram desenvolvidos para proporcionar o controle quase total de consistência, hidratação, e no desempenho da aplicação do concreto projetado em locais úmidos. Embalagem de materiais secos e misturas para concreto projetado foram desenvolvimentos, tais como o ar de arrastamento para concreto projetado à seco. A introdução de fibras de aço possibilitou reforço necessário para atender aos requisitos específicos em reparos estruturais e aplicações de apoio subterrâneos.
urante estes anos o avanço no método de projeção foi o resultado de práticas que avaliaram o desempenho de materiais adicionados ao concreto projetado. Recentemente, por causa da relação entre a indústria e a comunidade científica, a evolução da projeção têm aumentado dramaticamente, e muitas qualidades tem sido melhorado.
Em 1998, a “American Association Shotcrete” foi formada para promover o uso de concreto projetado consciente, encorajamento e apoiando toda as pessoas ou organizações que podem se beneficiar deste método de concretagem.
Fonte: American Shotcrete Association – www.shotcrete.org